segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



       A Universidade por Milton Santos


    A Universidade: da internacionalidade à universalidade Milton Santos Discurso de aceitação do título de professor Honoris Causa na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 24 de setembro de 1999. "Nos dias atuais, é praticamente comum, quase em toda parte, a perda progressiva, pelas Universidades, da meta do conhecimento genuíno, o que contribui para despojar a instituição universitária de sua principal razão de ser. Será essa uma evolução inelutável e irreversível? Talvez valha a pena, para fixar as idéias, retraçar, ainda que brevemente, a história geral do trabalho intelectual. Primeiro houve o sábio individual, aquele cujo conhecimento era elaborado em comunhão integral com a Natureza total. Era uma busca localizada, talvez inconsciente, de universalidade. O sábio individual foi substituído pelas corporações de sábios, nas escolas e nos conventos: o saber se tornava um atributo específico de um grupo, treinado para exercê-lo. Chega-se, depois, com as Universidades, à figura do "scholar", mistura de professor e pesquisador, pago pela sociedade como um todo para "produzir" livremente o saber, isto é, codificar, do seu ponto de vista, o saber coletivo, inventar individualmente, novos saberes, ou simplesmente fabricar um conhecimento a ser transferido à comunidade como educação. Mais recentemente, essa figura do "scholar"foi parcialmente substituída pela dos "funcionários da educação", sem maior compromisso com a pertinência dos temas.
     Os sábios, as corporações de sábios, assim como a produção de um saber desinteressado e verdadeiro acabam se tornando coisa rara, quando a ciência, como serviço às coisas, matou a filosofia como serviço ao homem. O sábio é substituído pelo erudito, o cientista pelo mero pesquisador, o intelectual pelo profissional, se a grande preocupação não é mais o encontro e o ensino da verdade, em todas as suas formas, mas uma atividade parcelizada, dominada por um objetivo imediato ou orientada para um aspecto redutor da realidade. Em tais circunstâncias, a Universidade corre o risco de abandonar a buscado saber abrangente, substituído pela tarefa de criação e de transmissão de um saber prático. Este saber prático, elaborado fora da Universidade pelas grandes firmas e dentro da Universidade por sua inspiração direta ou indireta, é subordinado a objetivos externos à busca do conhecimento verdadeiro. Daí o papel hoje determinante, das Fundações corporativas internacionais, na produção e na circulação das idéias. Veja-se, também, nas ciências sociais, o papel das redes, financiadas por convênios internacionais, tanto mais exitosos, no geral, quanto menos relevantes são os seus objetivos. A função desse pseudo conhecimento - fabricado sob encomenda - é construir, sob o selo do cientificismo, um discurso universitário cujo pecado de origem elimina a possibilidade de o associar à noção de verdade científica.
     De um modo mais ou menos geral, a Universidade aceita esse papel sem glória de produzir um conhecimento comprometido, acorrentado ao que hoje se chama"o prático", "o objetivo", "o pragmático", vocábulos que ganharam um novocontexto para significar o que é capaz de dar maior lucro, seja como for.Por isso, a universidade é chamada a realizar uma produção comercial dosaber, um conhecimento adredemente planejado como um valor de troca,destinado desde a sua concepção (que é inspirada, cada vez menos, nasUniversidades e cada vez mais nas grandes firmas) a criação de um valormercantil. O conhecimento assim produzido é uma mercadoria sujeito à lei dovalor econômico.É um mundo de cabeça para baixo que as Universidades estão ajudando a criare difundir, onde o meio passa ele mesmo a ser um fim. Quando a Universidade se trasnforma em uma oficina do utilitarismo, ela é, ao mesmo tempo, esterilizada e esterelizante. Torna-se um corpo morto e um corpo morto não cria coisa alguma. O conhecimento produzido como meio de produção nasce para morrer quando se torna funcional. É o saber do fazer coisas, um processo finito, Ora, a busca do conhecimento é um processo infinito, o processo de criação que é, ele mesmo recriador. O seu centro de interesse é no homem e não nas coisas. Quando a Universidade decide institucionalizar a primazia outorgada aoestritamente técnico sobre o mais amplamente filosófico, entroniza o instrumental e minimiza o teológico. Quando as ciências, quaisquer que sejam, são tratadas como se não devessem ter uma filosofia própria, integradora, os objetos são colocados acima do homem. A Universidade que cria e difunde esse tipo de saber entre aspas perde seu conteúdo e sua finalidade, e os professores e alunos vão fazendo coisas, mas não sabem mais exatamente o que estão fazendo. Por isso, ao mesmo tempo em que as disciplinas chamadas científicas afundam num imediatismo confrangedor ou numa futurologia cega, as ciências sociais e humanas são subalternizadas, reduzidas a um papel de justificação ou de codificação de uma interpretação unilateral da sociedade. Essas tendências gerais, hoje comuns a quase todas as Universidades, emquase todos os países, são um resultado do fato de que o saber se transformou numa força produtiva direta. Como ao mesmo tempo a economia se internacionalizou. O saber-mercadoria tinha que acompanhar a tendência, razão pela qual as universidades, por iniciativa própria ou por contaminação, aceitam seguir essa mundialização unilateral. Adotando um modelo externo às realidades nacionais ao serviço da produção das coisas, elas se tornam medíocres, graças, também, ao desajustamento entre um saber cada vez mais transferido e as realidades profundas das nações e graças à contradição entre os meios, universalizados pelas necessidades produtivas de caráter internacional, e os fins próprios a cada coletividade nacional, minimizados estes por uma globalização perversa, comandada por uma economia mundial perversa e uma informação internacional igualmente perversa. Sob esse ponto de vista, a situação dos países do Terceiro Mundo édramática. Porque o saber já chega de fora incorporado nos objetos, na tecnologia, no "management"e inclusive nos "scholars"importados, ainda que haja exceções. Nessa situação, a produção de um saber nacional autêntico torna-se assim dispensável. É exatamente por isso que as ciências sociais
 deveriam voltar a ganhar dimensão, pelo fato de que são os esquemas sociais de uso das técnicas e dos objetos que alicerçam o discurso de justificação das novas dependências e desigualdades. O esforço dos países subdesenvolvidos como o nosso deveria, pois, se orientar principalmente na direção do estudo das suas próprias realidades sociais como um todo. Esse, desgraçadamente, é também um domínio onde a imitação passou a ser uma regra e a mania dos títulos (mestria, PhD, etc) substitui, nas universidades burocratizadas, o saber genuíno. A universidade internacionalizada "a priori" só serve a alguns, cada vezmenos numerosos. Porque não sendo universal também não é propriamente Universidade. 
     Mas não seria justo concluir com uma nota pessimista. Com todos os seusdefeitos atuais, tão parecidos em quase todo o mundo, as Universidades geram o veneno e o antídoto, mesmo se em doses diferentes. Lugar de um saber vigiado e viciado, elas são, também e ainda, o único lugar onde o contra-saber tem a possibilidade de nascer e às vezes prosperar. Isto pode ser o resultado de esforços de cientistas pioneiros, agrupados ou não. Mas para guardar e manter o pensamento independente e indispensável que a instituição universitária aceite desinstitucionalizar-se, caminho único para evitar que o excesso de regras e de mandos acabe por esterilizar as suas possibilidades de um trabalho realmente livre, voltado para o interesse geral. A tarefa de incorporar a Universidade num projeto social e nacional impõeprimeiro a criação e depois a difusão de um saber orientado para os interesses do maior número e para o homem universal. Não há contradição entre nacionalidades e universalidades, entre as busca do nacional popular e o encontro com o universal. Devemos estar sempre lembrados de que o internacional não é o universal. O trabalho universitário não é propriamente uma tarefa internacional, mas precipuamente nacional e universal, dependendo, desde a concepção à realização efetiva, da crença no homem como valor supremo e da existência de um projeto nacional livremente aceito e claramente expresso. É a tarefa que nos aguarda."

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


A Ciência Geográfica

 

A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem. Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente (Geografia Humana). Para alguns a Geografia também pode ser uma prática humana de conhecer onde se vive para compreender e planejar o espaço onde se vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza. A natureza é entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço geográfico, isto é, a dinâmica e interações que existem entre a atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. O homem é entendido como um organismo capaz de modificar consideravelmente as forças da natureza através da tecnologia.
O profissional que estuda a geografia é chamado de geógrafo.


Leia mais: http://geotony.webnode.com.br/

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

http://www.brasilescola.com/brasil/floresta-amazonica.htm



                       Floresta Amazônica

Floresta Amazônica é rica em biodiversidade.
Floresta Amazônica é rica em biodiversidade.
A maior floresta tropical do mundo

A flora amazônica ainda é praticamente desconhecida. Com um fantástico potencial de plantas utilizáveis para o paisagismo, é constituída principalmente de plantas herbáceas de rara beleza, pertencentes às famílias das Arácea, Heliconiaceæ, Marantácea, Rubiácea, entre outras. Essa flora herbácea, além do aspecto ornamental, seja pela forma ou pelo colorido da inflorescência, desempenha vital função no equilíbrio do ecossistema.

Como exemplo, temos as helicônias, com uma grande variedade de espécies com coloridas inflorescências. São de presença marcante nas nossas matas úmidas e tem uma importante função no equilíbrio ecológico. No continente americano, as helicônias são polinizadas exclusivamente pelos beija-flores que, por sua vez, são os maiores controladores biológicos do mosquito palha Phletbotomus, transmissor da leishmânia, muito abundante na Amazônia desmatada.

A alimentação dos beija-flores chega a ser de até 80% de néctar das helicônias na época da floração das espécies.
Com poucas espécies herbáceas e a grande maioria com espécies de grande porte, as palmeiras têm uma exuberante presença nas matas ribeirinhas, alagadas e nas serras, formando um destaque especial na paisagem amazônica. Muitas palmeiras amazônicas, como tucumã, inajá, buritirana, pupunha, caioué e outras espécies de classificação desconhecida foram muito pouco ou nada utilizadas para o paisagismo.
Quanto às árvores, o vastíssimo mar verde amazônico tem um número incalculável de espécies. Algumas delas, endêmicas em determinadas regiões da floresta, foram ou estão sendo indiscriminadamente destruídas, sem que suas propriedades sejam conhecidas. Dentre as árvores mais conhecidas utilizáveis para o paisagismo, estão o visgueiro, os ingás, a sumaúma, muitas espécies de figueiras, os taxizeiros, a moela de mutum, a seringueira e o bálsamo.

Crescendo sob as árvores amazônicas, encontram-se plantas epífitas, como: bromélias, orquídeas, imbés e cactos. Essas plantas são importantes para a fauna que vive exclusivamente nos galhos e copas das árvores. Dentre os animais que se integram na comunidade epífita, temos os macacos, os saguis, as jaguatiricas, os gatos-do-mato, lagartos, araras, papagaios, tucanos e muitos outros que se especializaram nesse habitat acima do solo. Com o corte das árvores, as epífitas desaparecem e, com elas, toda a fauna associada.
Muitas dessas plantas epífitas de rara beleza foram muito bem retratadas pela pintora Margaret Mee, durante as várias excursões que realizou na floresta amazônica. Outrora abundantes em determinadas regiões, hoje grande parte dessas plantas se encontra em populações reduzidas.

Certamente a região amazônica tem um gigantesco potencial madeireiro, de plantas utilizáveis para o paisagismo e de espécies vegetais com substâncias para uso medicinal. Mas é necessário que tais recursos sejam mantidos de forma renovável. A floresta amazônica ensina que o extrativismo indiscriminado apenas desertifica, pois ela é mantida pela camada de húmus em um solo fresco, muitas vezes arenoso.
Portanto, é imprescindível utilizar a floresta de uma forma racional. Explorando-a, mas renovando-a com as mesmas espécies nativas; e, principalmente, preservando as regiões de santuários de flora e fauna, que muito valerão, tanto no equilíbrio ecológico, quanto no regime de chuvas e na utilização para o turismo. A amazônica, com seus 6,5 milhões de Km² é a maior floresta tropical do mundo. Abrangendo nove países, ocupa quase metade da América do Sul. A maior parte da floresta – 3,5 milhões de Km²– encontra-se em território brasileiro.

Essa área, somada à da Mata Atlântica, representa 1/3 do total ocupado por floresta tropicais no planeta. Além da mata, existem na Amazônia áreas de cerrados e outras formações diversas, perfazendo um total de 5,029 milhões de Km², conhecido como Amazônia legal. Com relação ao relevo, encontrando ali três formações principais. Ao sul localiza-se o planalto Central; ao norte, o planalto das Guianas; e, ao centro, a planície sedimentar amazônica, todos com altitudes inferiores a 1500m. Na planície amazônica destacam-se dois tipos de relevo: as várzeas, que por se estenderem ao longo dos rios estão sempre inundadas, e as terras firmes, que cobrem a maior parte da planície e constituem o domínio da grande floresta.

Enorme riqueza sobre solo pobres

O solo amazônico apresenta baixos índices de nutrientes, é ligeiramente ácido e bastante arenoso, características que permitem classificá-lo como extremamente pobre. A presença de grande quantidade de matéria orgânica, carregada desde os Andes pelos rios, faz das várzeas as únicas áreas agricultáveis da Amazônia.
Na verdade, como em toda mata tropical, os nutrientes minerais encontram-se quase totalmente na biomassa vegetal ficando uma pequena quantidade no solo, sobretudo na camada superficial de húmus. A rápida reciclagem desses nutrientes, decompostos pelos micro-organismo do solo e reabsorvido pelas árvores, garante o equilíbrio necessário a manutenção da floresta. A única função revelante do solo é a de dar suporte físico à vegetação. De acordo com estudos do projeto Radam – Brasil, apenas pouco mais de 10% da Amazônia possui solo de fertilidade compatível com as atividades agrícolas.

As águas e o clima: um casamento indissolúvel

O sistema hídrico da região amazônica é o mais imponente do mundo. O rio Amazonas e seus mais de mil afluentes formam uma bacia que comporta 1/5 de toda a água doce em forma líquida do planeta. Nascendo na geleira de Yarupa, no Peru, a uma altitude de 5000m, e possuindo 6500 km de extensão, com largura de até 100 km, o Amazonas é o maio rio do mundo em volume de água, e o segundo maior em extensão. Sua declividade no território brasileiro é de apenas 65m, e a profundidade pode atingir 100m. Outras bacias importantes na região são a do Tocantins-Araguaia e a do Orinoco.
O clima é quente quase o ano inteiro, com uma temperatura média de 25ºC, pouco flutuante ao longo das estações. A região mais úmida do país apresenta uma pluviosidade média de 2000 mm ao ano. As chuvas ocorrem no inverno, que dura aproximadamente 150 dias, e caem sob a forma de grandes temporais. O encontro de duas massas de ar, uma vinda do Atlântico norte, e outra, do Atlântico sul, é responsável por essas chuvas, sempre seguidas de céu limpo. Das chuvas que caem na bacia Amazônia, 50% provêm de água evaporada na própria bacia. A chuva resfria o ar acima da copa das árvores e este, ao se chocar com o ar mais quente do interior da mata, provoca a condensação que irá formar novas nuvens. No verão, as nuvens formadas sobre a mata deslocam-se para o sul e são responsáveis pelas chuvas de todo o planalto Central brasileiro.

A incrível diversidade biológica 

Calcula-se que dentro da floresta amazônica convivem em harmonia mais de 20% de todas as espécies vivas do planeta, sendo 20 mil de vegetais superiores, 1400 de peixes, 300 de mamíferos e 1300 de pássaros, sem falar das dezenas de milhares de espécies de insetos, outros invertebrados e micro-organismos. Para se ter ideia do que isso significa, existem mais espécies vegetais num hectare de floresta amazônica de que em todo o território europeu. A castanheira é o exemplo mais típico de árvore amazônica, sendo uma das mais imponentes da mata. De toda essa variedade, metade permanece ainda desconhecida da ciência, havendo muitas espécies endêmicas, ou seja, que vivem apenas numa localidade restrita, não ocorrendo em outras regiões.
A vegetação pode ser classificada em: mata de terra firme (sempre seca), mata de várzea (que se alaga na época das chuvas) e mata de igapó (perenemente alagada). Como já dissemos, existem, também, em menor quantidade, áreas de cerrado, campos e vegetação litorânea.

O equilíbrio natural da floresta

A Amazônia, como floresta tropical que é, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. As imensas árvores retiram do solo toda a matéria orgânica nele existente, restando apenas um pouco na fina camada de húmus, onde os decompositores garantem a reciclagem de nutrientes. A retirada desses minerais é tão intensa que alguns rios amazônicos têm suas águas quase destiladas. Ficando praticamente sem matéria orgânica, os peixes e animais aquáticos dependem, para se alimentar, das folhas e dos frutos que caem das árvores. Para que possa ocorrer a reciclagem dos nutrientes, é preciso haver um grande número de espécies de plantas, pois cada uma desempenha uma função no ecossistema. As monoculturas naturalmente comprometem esse mecanismo e, por isso mesmo, não são recomendáveis.

Os animais, que se alimentam das plantas ou de outros animais, também contribuem, com suas fezes, para o retorno da matéria orgânica ao solo. Além disso, eles têm importante participação na polinização das flores e na dispersão dos frutos e das sementes.

As constantes chuvas que caem na Amazônia têm um papel fundamental na manutenção do ecossistema. Muitas vezes as águas nem chegam a atingir o solo, uma vez que ficam retidas nas diversas camadas de vegetação, sendo rapidamente absorvidas ou evaporando-se ao término da chuva. São elas que garantem a exuberância da floresta.
Todos os elementos, clima, solo, fauna e flora, estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como o principal. Todos contribuem para a manutenção do equilíbrio, e a ausência de qualquer um deles é suficiente para desarranjar o ecossistema.

Retirando-se a vegetação, por exemplo, esta levaria consigo a maior parte dos nutrientes, e o pouco que restasse seria carregado pelas fortes chuvas que passariam a atingir diretamente o solo. Sem a existência dessa matéria orgânica, a floresta não conseguiria se reconstituir, e a tendência natural seria sua desertificação. Dificilmente, porém, teríamos um deserto total, pois a permanência dos ventos alíseos oriundos do oceano seria capaz de garantir a umidade necessária para algumas formas de vegetação.

Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destruído. E qual seria a consequência disso para o globo?
Durante muito tempo atribuiu-se à Amazônia o papel do “pulmão do mundo”. Hoje sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumido à noite. No entanto, em razão das alterações climáticas que causa no planeta, ela vem sendo chamada de “o condicionador de ar”. “O desmatamento da Amazônia pode, aparentemente, causar alterações no clima de todo o planeta, com uma possível elevação da temperatura global pela eliminação da evapotranspiração”. Além disso, o gás carbônico liberado pela queima de suas árvores poderia contribuir para o chamado efeito estufa, novamente aquecendo a atmosfera.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012



http://www.brasilescola.com/filosofia/mito-caverna-platao.htm


Mito da caverna de Platão


Mito da caverna - Conta conceitualmente o que os homens teriam dificuldades para entenderem
O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.
Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/google-street-views-vai-mapear-campus-da-ufam/

Google Street Views vai mapear campus da Ufam | Portal Amazônia Editoria www.portalamazonia.com.br


As trilhas naturais dos 600 hectares de floresta da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) estarão disponíveis a um clique para internautas de todo o Mundo. A instituição acaba de firmar parceria com o gigante das pesquisas, o Google, para divulgar as peculiaridades amazônicas do campus de Manaus.

http://www.sbpcnet.org.br/saoluis/home/


Estão abertas as inscrições para a 64ª Reunião Anual da SBPC que será realizada de 22 a 27 de julho de 2012, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís, MA.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

http://ibero-latino-2012.webnode.com.br/

O VII Seminário Latino-Americano de Geografia Física e o Seminário Ibero-Americano de Geografia Física ocorrerão no período de 11 a 16 de junho de 2012. As inscrições e o envio de trabalhos deverão ser efetuadas até o dia 10 de fevereiro de 2012.

http://www.geopantanal.cnptia.embrapa.br/2012/


IV Simposio de geotecnologias no Pantanal 20 a 24 de outubro
Data final para envio de trabalhos 24/06

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Geógrafo é assim.....



" Geógrafo não exagera, produz em larga escala.

Geógrafo não faz bagunça, conurba o espaço.
Geoógrafo não é preguiçoso, pratica ócio produtivo.
Geógrafo brasileiro não planta feijão no algodão, planta soja.
Geógrafo não melhora de vida, faz ascenção social.
Geógrafo não tem crise existencial, corta relações externas.
Geógrafo não tem pressa, otimiza tempo.
Geógrafo não faz planos, cria projetos para longo prazo.
Geógrafo não promete, faz tratado.
Geógrafo não faz amizade, estreita laços.
Geógrafo não vai ao camelô, contribui para o mercado informal.
Geógrafo não fala ao telefone, testa o sistema d telecom.
Geógrafo não estuda, qualifica mão de obra.
Geógrafo não reclama da mudança repetina do tempo, xinga a amplitude termica diária.
Geógrafo não joga lixo no chão, degrada o meio ambiente.
Geógrafo não sente saudades, fica com carência no setor amoroso.
Geógrafo não desiste, busca soluções alternativas;
Geógrafo não vê, mapeia;
Geógrafo não come, ingere alimentos de origem vegetal ou animal;
Geógrafo não respira, troca O² e CO² com a troposfera;
Geógrafo não resume, analisa a totalidade de maneira interdisciplinar;
Geógrafo não ensina, forma cidadãos críticos;
Geógrafo não exclui, distingue diferentes elementos da paisagem;
Geógrafo não elogia, descreve fenômenos positivos;
Geógrafo não trabalha em outra cidade, desloca-se pendularmente;
Geógrafo não faz turismo, faz viagem de campo;
Geógrafo não pensa, analisa as dinâmicas sócio espaciais;
Geógrafo não admite algo sem resposta, analisa as vertentes;
Geógrafo não toma chuva, molha-se com precipitações atmosféricas;
Geógrafo não cultiva plantas, pratica agricultura extensiva;
Geógrafo não vai a praia, visita plataforma continental que dá acesso a talude;
Geógrafo não sente calor, transfere energias térmicas;
Geógrafo não vai ao centro da cidade, ela visita o núcleo central urbano;
Geógrafo não evolui, sofre Anagênese;
Geógrafo não desce ladeira, caminha sob acidente geomorfológico;
Geógrafo não é forte, é uma rocha magmática intrusiva.

by: Osmar San

http://www.historiadetudo.com/geografia.html

CONHECER UM POUCO SOBRE A  HISTORIA DA GEOGRAFIA.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012