quinta-feira, 4 de julho de 2013

Qgis

Curso Online de Quantum GIS em Agosto/2013

Curso Online de Quantum GIS (QGIS)
As inscrições para a terceira turma do Curso Online de Introdução ao Software Quantum GIS (QGIS) estão abertas! Chegou sua grande oportunidade de aprender a trabalhar com um dos mais amigáveis e completos softwares livres para Sistemas de Informações Geográficas (SIG). O curso será ministrado por Anderson Medeiros, consultor em Geotecnologias, em parceria com a GEOCURSOS.  Não perca essa super oportunidade: Faça sua matrícula agora mesmo e ajude a divulgar o curso. As vagas são limitadas!

Google Earth

Google Earth, SIG e Servidor de Mapas para Monitoramento Ambiental

Embrapa - Publicacao Geotecnologias
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sempre tem feito uso dos modernos recursos das Geotecnologias e também publicado excelente material sobre seus resultados obtidos. Desta vez, destacamos aqui uma circular técnica publicada recentemente sobre a integração de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Google Earth e aplicação web.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Novo mapa florestal mostra que 6% da Amazônia foi desmatada entre 2000 e 2010


Jéssica Lipinski, do Instituto CarbonoBrasil

Um dos mapas mais abrangentes já produzidos da bacia amazônica revelou que, entre 2000 e 2010, cerca de 6% da maior floresta tropical do mundo foi destruída. O documento, financiado pela Fundação Avina, a Fundação Ford, a Fundação Norueguesa da Floresta Tropical, e a Fundação Skoll, tem como objetivo a integração e coordenação de esforços para estabelecer áreas protegidas e reservas indígenas.
Produzido pelo RAISG, um esforço conjunto de 11 organizações dos oito países e um departamento que tem parte da cobertura florestal amazônica, o mapa descobriu que as áreas protegidas (1,7 milhão de km2) e as terras indígenas (1,6 milhão de km2) totalizam 45% da Amazônia, e há ainda 475.168 km2 de territórios nativos propostos para demarcação.
Na Amazônia, vivem cerca de 33,7 milhões de pessoas, incluindo 385 tribos indígenas e pelo menos 71 “grupos isolados”. Entre os países com as maiores taxas de terras amazônicas oficialmente protegidas estão a Guiana Francesa (72,3%), o Equador (72%), a Venezuela (71,5%) e a Colômbia (64%). A Guiana, por outro lado, é o país com menos área amazônica protegida, com apenas 20%.
Apesar de depender de dados oficiais, o que significa que algumas destas áreas podem ser protegidas apenas no papel, o mapa é um dos estudos mais completos sobre terras amazônicas protegidas. Segundo ele, apesar da preocupante taxa de desmatamento, há sinais esperançosos, como o reconhecimento de novas áreas protegidas e terras nativas.
Outro estudo produzido pelo Imazon também revelou que as áreas protegidas (APs) estão se mostrando eficazes contra o avanço do desmatamento na Amazônia brasileira. De acordo com a pesquisa, entre 2004 e 2006 o desmatamento na região diminuiu 37% como consequência da criação de 485 mil km2 de Unidades de Conservação (UCs), o que representava 40% das UCs da Amazônia em 2010.
Ainda assim, o estudo salienta que o desmatamento continua ameaçando mesmo as APs, já que até julho de 2011 a derrubada destas áreas já correspondia a 7% do desmatamento total ocorrido na Amazônia Legal.
Para garantir a seguranças das APs, o estudo recomenda que sejam tomadas medidas pontuais para lidar com as áreas críticas identificadas, tentando ao mesmo tempo avançar em medidas a fim de resolver as vulnerabilidades sistêmicas.
Por exemplo, que as APs com menor remanescente florestal tenham sua cobertura restaurada através de Sistemas Agroflorestais (SAFs); que o governo utilize medidas preventivas e repressivas do desmatamento nas APs com maior perda florestal recente e que parcerias público-privadas sejam formadas para promover o desenvolvimento sustentável dessas áreas.
Além disso, também se sugere que o governo realize uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para os grandes projetos de infraestrutura na Amazônia para determinar em escala regional as medidas necessárias de mitigação e compensação de impactos ambientais.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Geologia: Brasil intensifica pesquisa por terras raras na Região Amazônica

Por trás das telas dos tablets, smartphones e notebooks há componentes de alto desempenho tecnológicos produzidos com o uso de 17 minerais que formam um conjunto de óxidos metálicos chamado terras raras. O insumo aplicado em eletroeletrônicos de alto desempenho, como dispositivos de misseis e circuitos de computadores, é alvo de uma disputa acirrada entre China, Estados Unidos, Japão e União Europeia deflagrada nesta semana na Organização Mundial do Comércio (OMC).


É em meio ao contencioso diplomático que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) intensificará no segundo semestre duas pesquisas minerais para descobrir reservas desses insumos nos estados de Amazonas, na região conhecida como Pitinga, e Roraima, no entorno da área chamada de Repartimento. “Vamos fazer uma amostragem geoquímica para ver o teor de terras raras nessas regiões para montar um mapa com informações sobre os resultados”, antecipa o presidente do CPRM, Manoel Barretto.


A investida é parte do programa de nacional de minerais estratégicos elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para avançar sobre insumos que o país depende de importação, como o fosfato utilizado pela indústria de fertilizantes.


Apesar de ter começado no ano passado, com orçamento de R$ 18,5 milhões até 2014, o programa ganha corpo em 2012. “O orçamento para terras raras nesse ano é de R$ 1,35 milhão, mas se os resultados forem bons podemos deslocar recursos de outros minerais. Podemos ir a R$ 4 milhões, R$ 5 milhões”, indica Barretto.


O CPRM detém o direito de exploração sobre as áreas onde a pesquisa ocorrerá. O órgão recolhe as informações e, no modelo vigente hoje, cede os mapas geológicos a mineradoras interessadas em explorar os recursos. Caso o novo código mineral seja aprovado, o CPRM deve leiloar os mapas para empresas interessadas.


A mudança é vista como passo importante para captação de recursos pelo órgão do MME, cujo programa de estudos prevê o avanço sobre novas áreas com potencial de incidência de terras raras. “No ano que vem, vamos trabalhar em muitos mais áreas”, comenta.


Posição ainda modesta


A intensificação das sondagens ocorre após o Mineral Commodity Summary 2011, uma das publicações mais importantes da geologia mundial, elaborada pelo US Geological Survey (USGS – sigla do serviço americano de geologia), indicar o Brasil como uma das possíveis novas fronteiras minerais com mais de 52 milhões de toneladas de terras raras.


Por enquanto, os depósitos brasileiros somam 48 mil toneladas comprovadas. A exploração é feita em baixa escala, principalmente pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). “É cedo para falar em números, mas o potencial do Brasil em terras raras é muito grande”, diz o presidente do CPRM.


A China tem 55 milhões de toneladas em depósitos comprovados, o que lhe garante entre 95% e 97% da produção mundial. Em seguida estão países da ex-União Soviética (19 milhões de toneladas), Estados Unidos (13 milhões) e Austrália (1,6 milhão), cujos depósitos não foram explorados devido ao alto custo ambiental e financeiro necessário.


Caso o CPRM comprove o potencial sugerido pela USGS, o Brasil pode ocupar mais destaque no mercado de commodities. Pode ganhar também um peso mais significativo na seara diplomática em torno dos minerais cada vez mais rivalizados por países postulantes a produtores de alta tecnologia, principalmente agora que a demanda mundial coloca China, Estados Unidos, Japão e União Europeia em uma disputa comercial por terras raras sem precedentes. Além incrementar um incipiente e potencial consumo interno com a chegada da produção do iPad pela chinesa Foxcon.


Disputa diplomática


As terras raras ganharam os holofotes do noticiário global em 2011, após a China restringir a exportação do insumo para o Japão.


A decisão de Pequim deflagrou um contencioso diplomático na Ásia, agora com dimensão globalizada após os Estados Unidos, a União Europeia e os japoneses acionarem a Organização Mundial do Comércio (OMC) em processo contra a China por reserva de mercado.


Logo após a decisão comunicada pelo presidente americano Barack Obama nesta terça-feira, o governo chinês se apressou em afirmar que o estabelecimento de cotas para exportação atende é parte da política interna “proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável".


Pequim mantém para este ano a cota total de 30 mil toneladas para exportação, mesmo volume do ano passado. “Para nós, estas medidas [estabelecimento de cotas] estão de acordo com as regras da OMC”, afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Liu Weimin.


O embate revela não somente o peso das terras raras para uma economia cada vez mais dependente de equipamentos eletrônicos de alto desempenho, mas principalmente a disposição da China de concentrar em seu território a produção de itens como os tablets.


Foi esse o argumento de Obama ao contestar a China, alegando interesse em manter a produção desses produtos em seu território. “Queremos as nossas empresas a produzir esses produtos aqui nos Estados Unidos, mas para que isso aconteça os nossos produtores têm que ter acesso às terras raras, que a China fornece", afirmou o presidente americano. “Agirei quando for necessário, se os nossos trabalhadores e as nossas empresas estiverem sujeitas a práticas comerciais injustas”, completou.


Vale estuda minerais


A Vale está flertando com o mercado de terras raras, como parte de seu projeto para ampliar o peso de minerais mais rentáveis a seu portfólio, concentrado em minério de ferro.


A mineradora Vale já anunciou a incidência de terras raras em ativos comprados da Fosfértil e agora faz pesquisas para medir se a incidência dos minerais em suas reservas de fosfato é comercialmente viável.


A empresa não revela detalhes do estudo nem os valores envolvidos na pesquisa. Para este ano, o plano de investimentos da mineradora destina US$ 981 milhões para um programa global de exploração mineral. A divisão de fosfato e potássio, onde pode haver terras raras, recebe US$ 50 milhões.